quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

ADORAÇÃO I



Estamos vivendo um tempo de manifestação intensa do Espírito Santo na vida da Igreja, através do louvor e da adoração. A compreensão do que é culto a Deus foi ampliada, e aquele modelo baseado em rituais e tradições deu lugar a uma adoração mais espontânea, na qual o elemento carismático é evidente. Entretanto, temos observado que há uma crise de identidade em meio à igreja brasileira, na área do louvor e da adoração.
O termo “Adoração” tem sido usado por muitos, como mais um elemento da ambição do mercado fonográfico.
Em meio a tantos modismos, ficamos perplexos ao ver igrejas locais sem uma identidade, sem um perfil definido no ministério de louvor; seguindo as tendências de mercado, sem critérios.
O que fazer? Como identificar o que é verdadeiro? Como separar o precioso do vil? Como ter um ambiente de adoração equilibrado, sem perder a unção?
Muitos ministros de louvor têm sido engodados pelos modismos que sutilmente têm desviado a atenção de muitos da verdadeira adoração. A verdadeira adoração tem perdido espaço para o show, a pregação tem sido substituída por outras práticas, a congregação não passa de uma platéia motivada por um espetáculo, promovido por um ministro “popstar”.
Há um apelo mais à transpiração do que a inspiração nos dias atuais.
Esse é um momento oportuno para faremos uma reflexão séria sobre os nossos conceitos de louvor e adoração. Para isto, precisamos buscar nas escrituras qual é o padrão de Deus.
Em II Crônicas 5.1-14, encontramos algumas características da dinâmica do ministério de louvor no templo de Salomão, que podem ser praticadas nos dias de hoje:

AS DIFERENÇAS UNIDAS PRODUZEM FORÇA.

A primeira característica é a UNIDADE.
Se observarmos todo o contexto, podemos ver que a palavra de ordem era “unidade”.
“Quando saíram os sacerdotes do santuário (porque todos os sacerdotes, que estavam presentes, se santificaram, sem respeitarem os seus turnos)”. “… e quando todos os levitas que eram cantores, isto é, Asafe, Hemã, Jedutum e os filhos e irmãos deles, vestidos de linho fino, estavam de pé, para o oriente do altar, com címbalos, alaúdes e harpas, e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas”. (II Crônicas 5.11,12).

A unidade gera concordância na adoração.
“Ora, o Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros, segundo Cristo Jesus, para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 15.5,6).
A adoração deve ser uma verdadeira sinfonia (grego: “symphoneo”), ou seja, deve haver concordância.
Um dos fatores de crescimento da igreja primitiva era: “todos os que criam estavam juntos” (Atos 2.44).
O que determina a qualidade de um ministério de música, não é apenas o entrosamento técnico de seus componentes, mas o nível de relacionamento de cada com Deus e entre eles.
“Rogo-vos, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que faleis todos a mesma coisa e que não haja entre vós divisões; antes, sejais inteiramente unidos, na mesma disposição mental e no mesmo parecer” (I Coríntios 1.10).
“Engrandecei o SENHOR comigo, e todos, a uma, lhe exaltemos o nome” (Salmos 34.3).
A palavra que mais se destaca em II Crônicas 5.1-14 é “TODOS”.
Todos os sacerdotes de santificaram.
Todos se comprometeram.
Todos os levitas estavam trajados adequadamente.
Todos tocavam e cantavam.
Todos tinham uma mesma motivação e objetivo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário